Juromenha, filha da Biznaga e do Drago, é a primeira fêmea nascida no CNRLI a parir dentro do Programa de Conservação Ex Situ do Lince Ibérico e um dos dois primeiros linces-ibéricos criados artificialmente com êxito pela equipa técnica do CNRLI.
É o terceiro parto de Juromenha, de 9 anos, que teve um total de 5 crias até este ano fruto de 2 gestações anteriores. Com estas 3 novas crias Juromenha eleva o seu contributo para a conservação do lince-ibérico às 8 crias. O parto de correu de forma normal e Juromenha presta os cuidados adequados às suas novas crias.
Juncabalejo, também de 9 anos, chegou ao CNRLI em 6 de novembro de 2020, tendo-se adaptado perfeitamente ao CRNLI e aos seus novos vizinhos e tratadores. Filho de Boj e Damán, nasceu no Centro de Cría de Lince Ibérico El Acebuche. Foi posteriormente movido para o Centro de Cría de Lince Ibérico Zarza de Granadilla onde foi emparelhado 5 vezes produzindo um total de 18 crias antes de 2021.
Como ponto alto foi pai com Fábula (em 2016) da segunda ninhada de 5 crias das duas registadas no Programa de Conservação Ex Situ do Lince Ibérico até ao momento (a primeira foi da Fruta e do Drago no CNRLI, em 2013).
Juncabalejo chega assim aos 9 anos às 21 crias de lince-ibérico produzidas no Programa.
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ICNF, 28 de Fevereiro de 2021
Desde 2010 o CNRLI já viu nascer 136 crias de lince-ibérico
Resultante dos acasalamentos efetuados em dezembro/janeiro e concluída que está a época reprodutiva de 2020, 12 das 14 crias nascidas este ano no CNRLI, em Silves, mantêm-se vivas e a desenvolver-se normalmente.
Os progenitores, por ordem cronológica dos partos, foram Jabaluna + Hermes (3 crias, 2 sobrevivas), Fresa + Drago (4 crias, todas sobrevivas), Juncia + Fresco (3 crias, todas sobrevivas), Juromenha + Madagáscar (2 crias, todas sobrevivas) e Era + Madagáscar (2 crias, 1 sobreviva).
Durante o mês de abril, a 6, 9, 10, 11 e 20, em pleno período de estado de emergência, e com o CNRLI sujeito a um rigoroso plano de contingência, devido à pandemia provocada pelo SARS-CoV-2, o que exigiu a toda a equipa técnica especializada da “Investigação Veterinária Independente”, um esforço acrescido, apoiada por Voluntários pré-selecionados e pelos fornecedores do alimento indispensável para manter em boas condições nutricionais os exemplares de lince-ibérico detidos em cativeiro, tiverem lugar cinco partos, do que resultou até hoje, 5 de junho, Dia Internacional do Ambiente, a manutenção de 12 crias em bom estado fisiológico, que poderão vir a ser libertadas, no início de 2021, no seu habitat natural, em territórios da península ibérica, situados no Vale do Guadiana, em Portugal ou, no caso de Espanha, em locais das regiões autónomas de Andalucia, Castilla-La Mancha ou Extremadura, da mesma forma que parte das crias nascidas nos centros de reprodução espanhóis de El Acebuche, La Olivilla ou Zarza de Granadilla, poderão vir também para Portugal.
Este intercâmbio foi estabelecido no âmbito do Plano de Ação de Conservação Ex Situ de Lince-Ibérico, e quer os acasalamentos, quer as libertações dos juvenis de lince-ibérico, são definidos por um Comité de Cria em Cativeiro de Lince-Ibérico (CCCLI), no qual o ICNF, através do Dr. Rodrigo Serra, tem tido assento desde 2004.
Portugal, através do ICNF, com mais estas 12 crias nascidas no CNRLI em 2020, produziu desde 2010 um total de 101 exemplares sobrevivos, dos quais 79 se destinaram a reintrodução em meio natural na península ibérica, enquanto que dos restantes 22, por não reunirem condições para serem libertados, parte foi integrada no próprio programa ibérico de reprodução, face à sua valia genética, e a parte restante aguarda disponibilidade de acolhimento em Zoos ou Centros de educação ambiental.
As 12 crias sobrevivas de 2020 aguardam uma definição do seu destino nos próximos 6 meses. No total, o CNRLI já viu nascer 136 crias de lince-ibérico.
Todo este processo constitui o corolário de um longo caminho, iniciado no final do século XX, quando se tomou consciência de que esta espécie se encontrava à beira da extinção, com menos de uma centena de exemplares em liberdade, todos na região Andaluza, o que levou ao estabelecimento de acordos, memorandos, protocolos e convénios celebrados desde 2004, entre os mais altos responsáveis das Autoridades responsáveis pela conservação da natureza de Portugal e de Espanha, o último dos quais já em 2009, pouco tempo antes do início da operação do CNRLI.
Presentemente, os censos realizados até 2019, apontam para cerca de 750 exemplares em liberdade em toda a península ibérica, dos quais pelo menos pouco mais de uma centena em Portugal.
As condições necessárias para os vários territórios de Portugal e de Espanha, poderem acolher exemplares em liberdade, foram em larga medida, propiciadas por projetos co-financiados pelo programa comunitário LIFE, de entre os quais o Projeto LIFE+Iberlince, que decorreu entre setembro de 2011 e junho de 2018, terá sido o mais relevante, a par da aceitação social de proprietários e de gestores de Herdades e da população em geral dos concelhos de Mértola e de Serpa, onde se processaram as libertações.
Aguarda-se para o último trimestre de 2020, o início de um novo projeto – LynxConnect - que pretende criar melhores condições para a conectividade entre as sub-populações estabelecidas até ao momento.
Nascem mais 9 crias em 35 horas – partos de Fresa, Juncia e Juromenha
ÉPOCA 2018
Regresso ao CNRLI
Regressaram já ao CNRLI 26 exemplares que, na sequência do incêndio em agosto, tinham sido evacuados para os centros de cria em Espanha.
Numa operação que envolveu militares do Corpo de Fuzileiros da GNR e Vigilantes da Natureza, Técnicos e Dirigentes do ICNF, bem como Voluntários que prestam serviço no CNRLI e a equipa técnica de gestão operacional do CNRLI, os animais foram capturados e transportados até Silves nas duas últimas semanas.
As autoridades Espanholas, quer dos serviços dos Centros de Cria do MTE/Governo Central de Espanha, quer particularmente das Juntas Autónomas de Andaluzia e de Extremadura, disponibilizaram de modo inteiramente gracioso as instalações dos respetivos Centros de Cria para acolherem e manterem, durante 4 meses os linces do CNRLI.
Os linces reagiram bem ao manuseamento, transporte e chegada às instalações. Por opção técnica dois dos animais permaneceram em Espanha até à época de reprodução. Um dos animais tinha morrido entretanto três meses após o incêndio, desconhecendo-se ainda as causas.
Como resultado global de todos os esforços conjugados, o CNRLI dispõe presentemente de melhores condições para albergar, manter, monitorizar e reproduzir os exemplares de lince-ibérico que permitirão assegurar a continuidade do seu processo de reintrodução no habitat natural. Decorrem ainda algumas intervenções de melhoria, nomeadamente a criação de dois novos cercados de treino.
Evacuação do CNRLI
No dia 8 de agosto de 2018 , como medida de prevenção face ao incêndio deflagrado na região, os 29 linces em cativeiro foram evacuados e transferidos para outros centros em Espanha da rede Programa Exsitu. Os animais não sofreram danos nesta operação tendo-se adaptado bem às novas instalações.
Decorrem os procedimentos para a reabilitação do centro português de forma a assegurar que, até ao final de 2018, os linces possam regressar às instalações do CNRLI em Silves.
Época de reprodução em cativeiro 2018
Terceiro parto no CNRLI –Káida
A fêmea Káida pariu dia 5 de abril por primeira vez no Programa de Conservação Ex Situ do Lince Ibérico, no Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico em Silves. Teve duas crias aparentemente saudáveis fruto do seu emparelhamento com o macho Fresco e parece atendê-las bem para uma fêmea inexperiente, a segunda a parir este ano no CNRLI. É uma ninhada de risco devido à falta de experiência da Káida.
Káida, de 5 anos de idade, chegou ao CNRLI proveniente do Centro de Cría de La Olivilla (Jaén) onde nasceu em 2013 numa ninhada de Ceniza e Fandango junto com duas irmãs. As irmãs morreram no peri-parto e Káida foi adoptada pela fêmea Coscoja, numa ninhada com Kot, Kochia e Koshka. Foi reintroduzida em Guarrizas, Andaluzia, em maio de 2014. Foi posteriormente capturada em novembro desse ano devido a não aparentar estar nas melhores condições de saúde. Comprovou-se que tinha lesões num dedo e uma infecção por um parasita e como tal ingressou nas instalações de quarentena de La Olivlla para recuperar-se.
No final do processo de recuperação foi observado que tinha perdido o seu comportamento de fuga face a humanos e julgado prudente não voltar a soltá-la por risco de inadaptação. Como tem genética interessante para o Programa de Ex Situ foi integrada no mesmo como reprodutora. Chegou ao CNRLI em dezembro de 2015 e foi emparelhada por primeira vez na temporada de 2016/17 com o macho Enebro. Apesar de ter copulado não ficou gestante o ano passado. Este ano foi emparelhada com Fresco resultando nas suas duas primeiras crias.
Fresco leva já 8 anos no CNRLI. Um macho nascido no Centro de Cría El Acebuche em 2009 tendo por pais Saliega e Almoradux e 50% de genética de Doñana. É irmão de Fresa (também no CNRLI). Foi emparelhado sete vezes, sempre com sucesso, e no ano passado serviu como dador para a inseminação artificial de Juromenha (sem sucesso). Teve um total de 18 crias até ao momento, das quais 12 foram reintroduzidas. Destas, as mais famosas serão Khan e Kentaro, os linces viajantes, que voltaram a Portugal depois de terem sido reintroduzidos em Montes de Toledo, Castilla-La Mancha.
Parto de Káida 2018- Centro Nacional de reprodução em cativeiro de lince-ibérico/ ICNF
Segundo parto no CNRLI em 2018: Juncia pare 3 crias
Juncia chegou ao CNRLI en Novembro de 2016 do Centro de Cria de La Olivilla (Jaén). Nasceu em 2012 fruto do emparelhamento de Coscoja com Candiles e tem dois irmãos: Judia y Juglans. Nunca foi emparelhada com um macho para fins reprodutivos antes de chegar ao CNRLI, tendo-se adaptado ao seu novo entorno na temporada de 2017 e sendo então emparelhada por primeira vez este ano com o macho Fado.
Juncia pariu as suas primeiras 3 crias de dentro da sua caixa-ninho de edifício parideira do seu cercado no dia 28 às 6h25, tendo até agora manifestado comportamento maternal normal e enorme tranquilidade. As crias parecem desenvolver-se normalmente. A monitorização desta ninhada é intensa devido aos maiores riscos associados à inexperiência da fêmea.
Parto de Juncia 2018- Centro Nacional de reprodução em cativeiro de lince-ibérico/ ICNF
Primeiro parto da época de reprodução em cativeiro em Portugal 2018
Parto de Flora 2018- Centro Nacional de reprodução em cativeiro de lince-ibérico/ ICNF
BIOGRAFIA DOS LINCES EM CATIVEIRO
Alguns dos linces reprodutores, em cativeiro, no Centro de Reprodução em Silves, Portugal.
"FRESA"
Sexo: Fêmea
No CNRLI desde: 2009
Descendentes
2012: Joio, Janeira, Joeira e Jeropiga
2013: 2 crias

Sexo: Fêmea
No CNRLI desde: 2010
Descendentes
2012: Jacarandá, Janga, Jedi
2013: 4 crias
"FRUTA"
Sexo: Fêmea
No CNRLI desde: 2010
Descendentes
2012: Junípero, Junquilho, Junquinha e Joaninha
2013: 5 crias
"CASTAÑUELA"
Sexo: Fêmea
No CNRLI desde: 2012
Descendentes
2012: Jembe, Jiga, Jam e Jazz
"ESPIGA"