CNRLI - CENTRO NACIONAL DE REPRODUÇÃO DO LINCE-IBÉRICO

Primeiras crias de 2021

A 27 de fevereiro de 2021, às 13:19 h, Juromenha pariu três crias, fruto do seu emparelhamento com Juncabalejo.

Juromenha, filha da Biznaga e do Drago, é a 1ª fêmea nascida no CNRLI - Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico a parir dentro do Programa de Conservação Ex Situ do Lince Ibérico e um dos dois primeiros linces-ibéricos criados artificialmente com êxito pela equipa técnica do CNRLI.

É o 3º parto de Juromenha, de 9 anos, que teve um total de 5 crias até 2021 fruto de duas gestações anteriores. Com estas 3 novas crias Juromenha eleva para 8 crias o seu contributo para a conservação do lince-ibérico. O parto de correu de forma normal e Juromenha presta os cuidados adequados às suas novas crias.

Juncabalejo, também de 9 anos, chegou ao CNRLI a 6 de novembro de 2020, tendo-se adaptado perfeitamente ao CRNLI e aos seus novos vizinhos e tratadores. Filho de Boj e Damán, nasceu no Centro de Cría de Lince Ibérico El Acebuche. Foi posteriormente movido para o Centro de Cría de Lince Ibérico Zarza de Granadilla onde foi emparelhado 5 vezes, produzindo um total de 18 crias antes de 2021.

Como ponto alto foi pai com Fábula (em 2016) da segunda ninhada de 5 crias das duas registadas no Programa de Conservação Ex Situ do Lince-ibérico até ao momento (a 1ª foi da Fruta e do Drago no CNRLI, em 2013).

Juncabalejo chega assim aos 9 anos e às 21 crias de lince-ibérico produzidas no Programa.

Videos no... FacebookInstagram

 

Desde 2010 (e até 2020) o CNRLI já viu nascer 136 crias de lince-ibérico 

Resultante dos acasalamentos efetuados em dezembro/janeiro e concluída que está a época reprodutiva de 2020, 12 das 14 crias nascidas em 2020 no CNRLI, em Silves, mantêm-se vivas e a desenvolver-se normalmente. 

Por ordem cronológica dos partos, os progenitores foram Jabaluna + Hermes (3 crias, 2 sobrevivas), Fresa + Drago (4 crias, todas sobrevivas), Juncia + Fresco (3 crias, todas sobrevivas), Juromenha + Madagáscar (2 crias, todas sobrevivas) e Era + Madagáscar (2 crias, uma sobreviva).

Aa 6, 9, 10, 11 e 20 de abril, em pleno período de estado de emergência, e com o CNRLI sujeito a um rigoroso plano de contingência, devido à pandemia provocada pelo SARS-CoV-2, o que exigiu a toda a equipa técnica especializada da “Investigação Veterinária Independente”, um esforço acrescido, apoiada por Voluntários pré-selecionados e pelos fornecedores do alimento indispensável para manter em boas condições nutricionais os exemplares de lince-ibérico detidos em cativeiro, tiverem lugar cinco partos, do que resultou até hoje, 5 de junho, Dia Internacional do Ambiente, a manutenção de 12 crias em bom estado fisiológico, que poderão vir a ser libertadas, no início de 2021, no seu habitat natural, em territórios da península ibérica, situados no Vale do Guadiana, em Portugal ou, no caso de Espanha, em locais das regiões autónomas de Andalucia, Castilla-La Mancha ou Extremadura, da mesma forma que parte das crias nascidas nos centros de reprodução espanhóis de El Acebuche, La Olivilla ou Zarza de Granadilla, poderão vir também para Portugal.

Este intercâmbio foi estabelecido no âmbito do Plano de Ação de Conservação Ex Situ de Lince-Ibérico, e quer os acasalamentos, quer as libertações dos juvenis de lince-ibérico, são definidos por um Comité de Cria em Cativeiro de Lince-Ibérico (CCCLI), no qual o ICNF, através do Dr. Rodrigo Serra, tem tido assento desde 2004.

Portugal, através do ICNF, com mais estas 12 crias nascidas no CNRLI em 2020, produziu desde 2010 um total de 101 exemplares sobrevivos, dos quais 79 se destinaram a reintrodução em meio natural na península ibérica, enquanto que dos restantes 22, por não reunirem condições para serem libertados, parte foi integrada no próprio programa ibérico de reprodução, face à sua valia genética, e a parte restante aguarda disponibilidade de acolhimento em Zoos ou Centros de educação ambiental.

As 12 crias sobrevivas de 2020 aguardam uma definição do seu destino nos próximos 6 meses. No total, o CNRLI já viu nascer 136 crias de lince-ibérico.

Todo este processo constitui o corolário de um longo caminho, iniciado no final do século XX, quando se tomou consciência de que esta espécie se encontrava à beira da extinção, com menos de uma centena de exemplares em liberdade, todos na região Andaluza, o que levou ao estabelecimento de acordos, memorandos, protocolos e convénios celebrados desde 2004, entre os mais altos responsáveis das Autoridades responsáveis pela conservação da natureza de Portugal e de Espanha, o último dos quais já em 2009, pouco tempo antes do início da operação do CNRLI.

Os censos realizados até 2019, apontam para cerca de 750 exemplares em liberdade em toda a península ibérica, dos quais pouco mais de uma centena em Portugal.

As condições necessárias para os vários territórios de Portugal e de Espanha, poderem acolher exemplares em liberdade, foram em larga medida, propiciadas por projetos cofinanciados pelo programa comunitário LIFE, de entre os quais o Projeto LIFE+Iberlince, que decorreu entre setembro de 2011 e junho de 2018, terá sido o mais relevante, a par da aceitação social de proprietários e de gestores de Herdades e da população em geral dos concelhos de Mértola e de Serpa, onde se processaram as libertações.

Para o último trimestre de 2020, aguarda-se o início de um novo projeto – o LynxConnect - que pretende criar melhores condições para a conectividade entre as subpopulações estabelecidas até ao momento. 

Plano de Ação para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal – PACLIP 2015-2020 
Conservação ex situ | CENTRO NACIONAL DE REPRODUÇÃO, EM CATIVEIRO, DE LINCE-IBÉRICO  
ICNF, 5 de junho de 2020 


Nascem mais 9 crias em 35 horas – partos de Fresa, Juncia e Juromenha (2020)

Em 2020, o número de crias vivas no CNRLI subiu, nos últimos dias, para 11. Fresa teve 4 crias, Juncia 3 e Juromenha 2. Jabaluna prossegue com os seus cuidados maternais às suas 2 crias nascidas a 6 de abril. 

Quinta-feira, 9 de abril, às 18:56 h, Fresa pariu a primeira de 4 crias que fez nascer em 2020, fruto do seu emparelhamento com o macho Drago. Fresa, uma fêmea com 11 anos e com problemas renais desde 2010, tem sido poupada à reprodução anual com o objetivo de garantir o seu bem-estar. É uma das fêmeas fundadoras do CNRLI, tendo nascido no Centro de Cría de El Acebuche, em Doñana, e ainda assim até à data pariu 20 crias, das quais 10 foram reintroduzidas na natureza. É a sua terceira ninhada de quatro crias que, a desenvolver-se como esperado, poderão elevar a sua contribuição total para a recuperação da espécie na natureza a 14 animais. Drago, macho fundador do CNRLI e nascido em 2007 em El Acebuche, já foi pai de 29 crias no CNRLI. Destas, 14 foram reintroduzidas na natureza, sendo que as 4 nascidas agora poderão elevar a sua contribuição total para 18 crias reintroduzidas na Península Ibérica. Mãe e crias estão bem, estas desenvolvendo-se normalmente.
 
Sexta-feira, 10 de abril, às 4:48 h, Juncia iniciou o seu parto que acabaria por resultar em 3 crias, resultantes do seu emparelhamento com Fresco, macho fundador do CNRLI e nascido em 2010 na mesma ninhada da fêmea Fresa. Juncia, nascida no Centro de Cría de La Olivilla, em 2012, chegou ao CNRLI em 2016. É a sua segunda ninhada no CNRLI, tendo produzido 3 crias em 2017, que foram reintroduzidas na natureza. Estas 3 novas crias poderão elevar o seu total para 6 crias investidas na recuperação da espécie no seu habitat natural. Fresco contribuiu já com 25 crias, das quais 16 foram reintroduzidas. Estas 3 novas crias poderão elevar a sua contribuição total para os 19 animais reintroduzidos. Mãe e crias estão igualmente bem, com atividade e desenvolvimento normal.
 
Sábado, 11 de abril, às 4:48 h – coincidindo na hora com a Juncia, mas 24 h depois – Juromenha pariu duas crias, fruto do seu emparelhamento com Madagáscar. Juromenha é a primeira fêmea nascida no CNRLI a parir dentro do Programa de Conservação Ex Situ do Lince-Ibérico. É também um dos dois primeiros linces-ibéricos que foram criados artificialmente pela equipa técnica do CNRLI, tendo sobrevivido ao abandono por parte da sua mãe com a irmã Janes, logo após o nascimento em 2012. Biznaga, uma das fêmeas emblemáticas do CNRLI e que terá chegado ao fim da sua vida reprodutiva, aceitou depois ambas as crias para finalizar a sua educação, ensinando ambas as suas filhas a caçar e a comportar-se como um lince-ibérico. As suas duas primeiras filhas sobreviventes já reproduziram dentro do Programa Ex Situ, tendo Juromenha sido responsável pela reintrodução de 3 crias, que poderão entretanto chegar a 5, com as crias nascidas em 2020.
 
Madagáscar nasceu em 2015, em meio selvagem, na população de Doñana, tendo sido integrado no Programa de Conservação Ex Situ. Em 2016, chegou ao CNRLI e é atualmente (2020) o macho geneticamente mais valioso do Programa de Conservação Ex Situ, e é já pai de 8 crias no CNRLI, sendo que 2 foram retidas por importância genética e reposição de reprodutores para o futuro, e 4 foram reintroduzidas na natureza. Este ano foi emparelhado com Juromenha, e também com Era, que terá data de parto para 18 de Abril e será, a resultar, a ninhada geneticamente mais importante de 2020 no Programa. O resultado do seu teste de gestação será conhecido na próxima semana.
 
A fêmea Jabaluna pariu a 6 de abril pela 3ª vez, duas crias aparentemente saudáveis e uma cria que nasceu com pouca vitalidade e acabaria por morrer imediatamente após o parto. As duas crias sobreviventes prosseguem agora o seu desenvolvimento normal.
 
Obrigado a toda a equipa do CNRLI e do Projeto Lynxconnect pela dedicação e profissionalismo.
 
A natureza continua a brindar-nos!
#estamosON
#ICNFsomosTODOSnos
 

 


ÉPOCA 2018

Regresso ao CNRLI

Os 26 exemplares que tinham sido evacuados para os centros de cria em Espanha, na sequência do incêndio em agosto de 2018, regressaram ao CNRLI.

Numa operação que envolveu militares do Corpo de Fuzileiros da GNR e Vigilantes da Natureza, Técnicos e Dirigentes do ICNF, bem como Voluntários que prestam serviço no CNRLI e a equipa técnica de gestão operacional do CNRLI, os animais foram capturados e transportados até Silves nas duas últimas semanas.

As autoridades espanholas, quer dos serviços dos Centros de Cria do MTE/Governo Central de Espanha quer particularmente das Juntas Autónomas de Andaluzia e de Extremadura, disponibilizaram as instalações dos respetivos Centros de Cria para acolherem e manterem, durante 4 meses os linces do CNRLI,  de modo inteiramente gracioso. 

Os linces reagiram bem ao manuseamento, transporte e chegada às instalações. Por opção técnica dois dos animais permaneceram em Espanha até à época de reprodução. Um dos animais morreu entretanto (3 meses após o incêndio), desconhecendo-se ainda as causas. 

 




 

Como resultado global de todos os esforços conjugados, o CNRLI dispõe presentemente de melhores condições para albergar, manter, monitorizar e reproduzir os exemplares de lince-ibérico que permitirão assegurar a continuidade do seu processo de reintrodução no habitat natural. Decorrem ainda algumas intervenções de melhoria, nomeadamente a criação de dois novos cercados de treino. 

 

Evacuação do CNRLI

Automóvel com porta-bagagens aberto com caixasa de transporte de lince-ibéricoA 8 de agosto de 2018, como medida de prevenção face ao incêndio deflagrado na região, os 29 linces-ibéricos em cativeiro foram evacuados e transferidos para outros centros em Espanha da rede do Programa Ex situ. Os animais não sofreram danos nesta operação e adaptaram-se bem às novas instalações.

Decorrem os procedimentos para a reabilitação do centro português de forma a assegurar que, até ao final de 2018, os linces possam regressar às instalações do CNRLI em Silves. 

 

  




Época de reprodução em cativeiro 2018

Terceiro parto no CNRLI – Káida

A fêmea Káida pariu a 5 de abril de 2018, pela 1ª vez no Programa de Conservação Ex Situ do Lince Ibérico, no Centro Nacional de Reprodução de Lince-Ibérico em Silves. Teve duas crias aparentemente saudáveis fruto do seu emparelhamento com o macho Fresco e parece atendê-las bem para uma fêmea inexperiente, a 2ª a parir este ano no CNRLI. É uma ninhada de risco devido à falta de experiência da Káida.

Káida, de 5 anos de idade, chegou ao CNRLI proveniente do Centro de Cría de La Olivilla (Jaén) onde nasceu em 2013 numa ninhada de Ceniza e Fandango junto com duas irmãs. As irmãs morreram no peri-parto e Káida foi adoptada pela fêmea Coscoja, numa ninhada com Kot, Kochia e Koshka. Foi reintroduzida em Guarrizas, Andaluzia, em maio de 2014. Foi posteriormente capturada em novembro desse ano devido a não aparentar estar nas melhores condições de saúde. Comprovou-se que tinha lesões num dedo e uma infeção por um parasita e, como tal, ingressou nas instalações de quarentena de La Olivilla para recuperar.

No final do processo de recuperação observou-se que perdera o seu comportamento de fuga face a humanos, pelo que se considerou prudente não voltar a soltá-la por risco de inadaptação. Como tem genética interessante para o Programa de Ex Situ foi integrada no mesmo como reprodutora. Chegou ao CNRLI em dezembro de 2015 e foi emparelhada pela 1ª vez na temporada de 2016/17 com o macho Enebro. Apesar de ter copulado, não ficou gestante em 2017. Em 2018, foi emparelhada com Fresco, resultando nas suas duas primeiras crias.

Fresco leva já 8 anos no CNRLI. Um macho nascido no Centro de Cría El Acebuche em 2009 tendo por pais Saliega e Almoradux e 50% de genética de Doñana. É irmão de Fresa (também no CNRLI). Foi emparelhado 7 vezes, sempre com sucesso, e em 2017 serviu como dador para a inseminação artificial de Juromenha (sem sucesso). Teve um total de 18 crias até 2018, das quais 12 foram reintroduzidas. Destas, as mais famosas serão Khan e Kentaro, os linces viajantes, que voltaram a Portugal depois de terem sido reintroduzidos em Montes de Toledo, Castilla-La Mancha.

 

Parto de Káida 2018 - Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico em cativeiro/ ICNF, I.P.

  

 Segundo parto no CNRLI em 2018: Juncia pare 3 crias

Juncia chegou ao CNRLI en Novembro de 2016 do Centro de Cria de La Olivilla (Jaén). Nasceu em 2012 fruto do emparelhamento de Coscoja com Candiles e tem dois irmãos: Judia y Juglans. Nunca foi emparelhada com um macho para fins reprodutivos antes de chegar ao CNRLI, tendo-se adaptado ao seu novo entorno na temporada de 2017 e sendo então emparelhada por primeira vez este ano com o macho Fado.   

Juncia pariu as suas primeiras 3 crias de dentro da sua caixa-ninho de edifício parideira do seu cercado no dia 28 às 6h25, tendo até agora manifestado comportamento maternal normal e enorme tranquilidade. As crias parecem desenvolver-se normalmente. A monitorização desta ninhada é intensa devido aos maiores riscos associados à inexperiência da fêmea.

Parto de Juncia 2018 - Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico  em cativeiro/ ICNF, I.P.


Primeiro parto da época de reprodução em cativeiro em Portugal 2018 

Parto de Flora 2018 - Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico  em cativeiro/ ICNF, I.P.

 

 

BIOGRAFIA DOS LINCES EM CATIVEIRO

Alguns dos linces-ibéricos reprodutores, em cativeiro, no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico, em Silves, Portugal.

"FRESA" | Fêmea No CNRLI desde 2009
Descendentes
2012: Joio, Janeira, Joeira e Jeropiga
2013: 2 crias


 

"FLORA" | Fêmea No CNRLI desde 2010
Descendentes
2012: Jacarandá, Janga, Jedi.
2013: 4 crias

  

"FRUTA" | Fêmea No CNRLI desde 2010
Descendentes
2012: Junípero, Junquilho, Junquinha e Joaninha.
2013: 5 crias 

 

"CASTAÑUELA" | Fêmea | No CNRLI desde 2012.
Descendentes
2012: Jembe, Jiga, Jam e Jazz.

 

"ESPIGA"