Na reunião realizada em Cazalla de la Sierra (Sevilha) a 17 e 18 de março analisaram-se as variáveis de índole biológica e social de modo a determinar em que zonas se poderão iniciar as libertações em 2014 e quais as zonas que necessitam de prévia preparação. Discutiu-se igualmente a ocorrência da nova estirpe de vírus responsável pela doença hemorrágica do coelho-bravo e a sua possível incidência sobre as populações atuais de coelho, tanto em territórios de ocorrência de lince como em áreas cinegéticas, realçando-se a necessidade de manter a monitorização das populações de coelho. Os parceiros do projeto Iberlince, coordenado pela Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio da Junta da Andaluzia, analisam há mais de um ano as variáveis biológicas (densidades de coelho, qualidade de habitat, ausência de ameaças, …) e sociais (apoio da sociedade em geral e, em particular, dos habitantes das zonas selecionadas), no sentido de decidirem quais as zonas onde se poderão levar a cabo a reintrodução da espécie. Na reunião de 17 e 18 de março, presidida pelo coordenador do projeto Life, foram analisados os resultados dos trabalhos realizados em Portugal e Espanha (Estremadura Castilla-La Mancha, Múrcia e Andaluzia) nas zonas pré-selecionadas no decorrer da reunião realizada em outubro de 2013, em Beja (Portugal). Um dos principais objetivos do projeto LIFE para a recuperação da distribuição histórica do lince ibérico em Portugal e Espanha é o estabelecimento de novas populações, através da seleção de áreas em bom estado de conservação em Portugal e Espanha para a sua reintrodução, assegurando que essas zonas voltem a albergar populações autossustentáveis da espécie de felino mais ameaçada do planeta.