O cercado de solta branda serve para uma adaptação prévia dos animais ao seu novo habitat e tem uma área de aproximadamente dois hectares vedados. O período de aclimatação decorre numa área sem indícios de presença de lince, permitindo aos animais adaptarem-se à vida na natureza, dando-lhes liberdade para explorar, ao seu ritmo, o novo habitat e assim criarem condições de sucesso para a sua integração na natureza.
Algumas imagens da monitorização feita durante o período de permanência no cercado podem ser visualizadas através do sítio do ICNF
(http://areasprotegidas.icnf.pt/lince/index.php/galeria-2/videobox).
Os dados da monitorização revelaram comportamentos padrão equivalentes aos de animais em liberdade, indicando as condições e competências necessárias para a adaptação à vida na natureza em total liberdade. Durante o período de permanência no cercado de solta branda os linces demonstraram os comportamentos desejados: caçaram, utilizaram os abrigos criados no local e interagiram regularmente entre si, revelando-se aptos a enfrentar os desafios da natureza. Cumpre-se, assim, o propósito do programa de Reintrodução do Lince Ibérico, para o qual a colaboração da população residente no Parque Natural do Vale Guadiana se torna fundamental. Os linces continuarão a ser monitorizados pelo ICNF, através do sinal da coleira.
No próximo dia 7 de fevereiro, o mesmo espaço terá dois novos ocupantes, desta feita a fêmea Kayakweru e o macho Kempo, a primeira proveniente do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico em Silves e o segundo de Doñana, Espanha.